Sylvia Cesco
Mulher do Mato:
Puro desacato
No ato
Se lhe cortam as asas
Ou lhe interrompem o voo
Mulher do Mato:
Guavirosa e guavireira
Gente-bicho cerradeira
Mãe da Lua parideira
Filha de cheiros verdes
Desassombrada semente
Farpa de arame não a prende
Mourões não a silenciam
Nem lhe tiram o pólen
Nem o vento a engole
Visto ser ventania
Mulher do Mato:
Menina
Que o Tempo não desatina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário