quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Suicídio

Dina Alenquer
Vila Franca de Xira, Portugal
@: dina.alenquer@gmail.com

Alma; olhos de ver
Vibratório elemento de um constante pensamento
Aparentemente redundante
Pontos de entendimento
Ligações profundas
Ambientes truncados
Complementos directos e abreviados
Concisos e concretos
Directos à alma e a Deus.
O que te parece?
Ensaios de futuro
Notícias de passado que já se conhece
Recursos não materiais, por exemplo,
génios musicais.
Bandas de música que dão afinadas orquestras
Movimentos harmónicos de sons
têm os seus maestros.
Esta é a chave do teu futuro.
Ciência em tudo que é mundo.
Padecimentos rasteiram o pensamento
Nada é superior a este sentimento.
Só Deus. Depois, caem a barreiras
Mesmo as artificiais
Sobram as mágoas para o derradeiro fim.
Tão forte e tão verdadeiro que,
De verdade nada se sabe.
Vive de ser aquilo que quer
Contém a sua própria razão
A sua discussão é toda uma vida.
Efémero estatuto de estar neste mundo.
Sentimentos agrupam-se em classes diferentes
Todos são do mesmo modo,
Não obstante o que se sente.
Um claro epíteto de vida de conteúdo escasso por ser escasso.
Palavras de circunstância revêm a sua evidência.
Nada a dizer.
Falsos,
Falsos, mas verdadeiramente falsos,
Poéticas fantasias.
Palavras sem mais conteúdo, é tudo o que resta no fim.
Tudo foi!
Nada vale
Nada é nada.
E o agora é agora!
Universal campanha
Comprovadamente verdade,
O agora é agora.
Por mais que se conheça ou não conheça o mundo, o agora é agora.
Não penses que os castelos sempre existiram.
Sonhos que foram de outros
São hoje ruínas e motivos de sonhos de amanhã.
A cidade pode ser um castelo
Mesmo sem pedras, e sem torres de vigia.
Castelos que acalentam sonhos,
E todos somos um castelo que
anda pelas cidades que queremos.
Idiossincraticamente somos
castelos em todos os lugares.
A revolução é sermos castelos, sem muros e sem pedras.
Suspensos apenas pelos anjos ou míticos anjos.
Deus! Com tudo Deus!
Sem Deus. Deus!
E o resto é silêncio.

(Inspirado no romance “E o Resto é Silêncio”, de Érico Veríssimo)

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