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Translúcido entre Ovídio e fantásticos seres
Desponta um astro com seu calor infernal
Do barro; do simples repleto de poderes.
Novo olhar que vê a cor da voz que a pedra tem
Alta liberdade; excelsa criação
Errar a língua de propósito desdém
De cores, formas e pré-coisas pelo chão.
Escondido na ontologia do devir
Transvê o mundo registrando, em foto, o tempo
Contemplando sons antes mesmo de existir
Sons de pássaros ecoando com o vento
Assim transforma-se pré-coisas em poemas
Vozes grandes e vozes médias em pequenas.
* Vice-Presidente da União Brasileira de Escritores/MS. Sociólogo, Jornalista, Escritor e Poeta idealizador e Editor-Chefe da Revista Criticartes e da Biblio Editora. Membro da Academia Douradense de Letras e da Academia de Letras do Brasil Seccional MS. Autor dos livros Subjetividade na Pós-modernidade (2015) e Palavras amontoadas (2017).
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